26.3.07
A Entrevista Despercebida
Há casos destes : entrevistas que ficam sem comentadores. Desta que pretendo aqui evocar, nem aqueles conhecidos como habitualmente mais frenéticos, dela se ocuparam. Refiro-me, em concreto, à extensa entrevista de Mira Amaral ao Jornal de Negócios, do dia 16 de Março pp.
Julgo que terá sido a maior entrevista que MA deu na sua vida a algum órgão da Comunicação Social. Nem mesmo durante os dez anos que passou nos Governos de Cavaco Silva terá dado uma entrevista tão vasta como a que pudemos ler na edição do Jornal de Negócios de 16 de Março.
Nela eram abordados assuntos da sua vida pública, distante e mais recente, ao lado de outros do foro privado.
Sendo Mira Amaral um reputado Engenheiro, com invulgar domínio das questões de Economia e de Finanças, Gestor, Professor Universitário, ex-Ministro e figura pública com larga e desinibida intervenção na vida social e política do País, seria expectável que a entrevista tivesse merecido dos restantes órgãos da Comunicação Social significativo grau de atenção.
Todavia, nem esta, nem os seus múltiplos comentadores, estipendiados ou honoríficos, a título institucional ou em nome próprio, lhe dedicaram sequer parcas linhas das suas abundantes crónicas, sabendo-se que, alguns deles, dispõem até de múltiplas tribunas em diferentes órgãos da Comunicação Social, incluindo a «omnipercuciente» TV.
De facto, estranhamente, sobre a entrevista caiu um profundo silêncio. Ninguém referiu, ninguém glosou, ninguém analisou ou comentou o que quer que fosse. Ninguém disse uma palavra, pelo menos nada dela transpirou nos principais meios de comunicação.
Desde logo, tal silêncio estabelece um espantoso contraste com a atenção que normalmente é concedida, por essa mesma Comunicação Social, à torrente de banalidades proferida por apagadas e tristes figuras que preenchem a buliçosa, mas notoriamente oca de significado e de propósito, vida político-partidária do País.
Na entrevista, Mira Amaral tocava, ainda que fugazmente, alguns temas quentes, como o da sua confessada ingenuidade em ter aceite o cargo de Administrador Executivo da Caixa Geral de Depósitos, com o seu antecessor, promovido a Presidente Tutelar da instituição, presente envenenado de Manuela Ferreira Leite, ainda por cima, não totalmente desligado de pelouros.
Pelo contrário, neles continuaria a intervir, criando situações de previsível divergência ou mesmo de conflito, com as funções de MA, nominalmente o responsável executivo daquela referida instituição pública bancária. Da possibilidade conflitual ao real desentendimento foi um pequeno passo, logo concretizado, com os consequentes prejuízos imediatos para o desempenho da instituição.
Sobre a sua saída da CGD, combinada com o Governo de então, chefiado por Santana Lopes, com Bagão Félix em Ministro das Finanças, MA diz ter sido por este traído, rompendo-se assim o acordo que com ele teria feito, para anunciar a sua demissão do cargo que desempenhava.
Ser traído por membro de Governo amigo já deverá ser em si mesmo desagradável. Mas se a isto se juntar o labéu da reforma escandalosa, modo particularmente duro como Bagão Félix se referiu às condições remuneratórias da saída de MA da CGD, negociadas previamente, sublinhe-se, de acordo com regras existentes na instituição, perfeitamente conhecidas da tutela governativa, ter-se-á gerado, pode imaginar-se, entre o Governo supostamente amigo e o Ministro das Finanças de então, Bagão Félix, uma combinação de aleivosias duplamente insultuosa para Mira Amaral.
Aqui valeria a pena a MA ter sido mais circunstanciado nas suas explicações, para se avaliar até que ponto se teria descido na falta de solidariedade entre membros de uma família política que, supostamente, sustentava um Governo de coligação.
Também noutro ponto da entrevista, poderia MA ter ido mais longe, quando afirmou estar hoje arrependido de haver apoiado Durão Barroso, quando este se candidatou à Presidência do PSD, e de não ter, ele próprio, na altura, tentado disputar a chefia do Partido.
Durão Barroso, lembremo-lo, havia sido repetidamente caucionado por Cavaco Silva e por muitos outros altos dirigentes do PSD, acabando estes por lhe pedir, quase por favor, se dignasse dirigir o Partido, que os reconduzisse às vitórias eleitorais e, consequentemente, ao Governo do País.
Pode talvez dizer-se, neste âmbito, que nunca, como então, tantos terão dado tanto por tão pouco.
Cavaco Silva que, com Durão Barroso, convivera dez anos, nos Governos a que presidira, nunca deu a ninguém o menor sinal de dúvida quanto à real capacidade de Barroso para vir a ser simultaneamente líder do Partido e de um futuro Governo, levando os demais a presumir que Barroso reunia em si as qualidades adequadas ao desempenho das pesadas responsabilidades que, nessas funções, inevitavelmente, lhe seriam atribuídas.
Na verdade, qualquer líder do PSD se arrisca sempre a tornar-se, mais cedo ou mais tarde, se se aguentar no lugar, Primeiro-Ministro de Portugal. E tal veio, de facto, a suceder, mais cedo ainda do que se esperaria, uma vez que o segundo Governo de Guterres duraria apenas metade do tempo normal, quando este palavroso Engenheiro, senhor de uma Licenciatura brilhante, do mui nobre Instituto Superior Técnico de Lisboa e não de um qualquer casarão restaurado à pressa, impropriamente chamado de Universidade, descobriu que, afinal, à sua volta, se havia, contra sua vontade, presume-se, criado o famigerado pântano.
Estranhamente, em vez de tão deletéria situação o impulsionar ao seu pronto combate, pelo contrário, levou-o à súbita defecção de funções, abandonando Governo e Partido, na sequência de uma oportuno pretexto que lhe surgiu, com a derrota de umas eleições autárquicas, que a nada disso o obrigava.
Neste contexto, foi, de facto, lamentável que Cavaco Silva tivesse dado o seu alto beneplácito a uma figura tão pouco credível, como Durão Barroso, movido por um frio calculismo de carreirista infrene, como rapidamente se haveria de revelar, mesmo para os mais cépticos quanto às escassas advertências, que, em tempo útil, alguns ainda ousaram fazer, sem que ninguém lhes tivesse dado ouvidos.
Também este facto denuncia a falta de perspicácia política de Cavaco Silva, como igualmente havia ficado demonstrado noutras escolhas suas, para órgãos importantes do Estado.
Isto cumpre dizer, pese todo o reconhecimento das suas múltiplas qualidades de competente Economista, emérito Professor Universitário, homem de carácter sério, honesto e determinado no desempenho das suas obrigações, mas também, há-de reconhecer-se, pessoa, comprovadamente, de intuição política não muito apurada, de horizonte cultural pouco dilatado, para lá da estrita área económico-financeira da sua formação.
Outro aspecto da entrevista de Mira Amaral que suscita algum reparo diz respeito ao acerto ou desacerto das nomeações que, directa ou indirectamente, ao longo do exercício dos seus cargos políticos houve de efectuar.
Naturalmente, não se duvida da boa fé com que as fez e foram certamente muitas as acertadas, mas outras houve também que se revelaram pouco inspiradas, algumas erros enormes. Há muito que tal se tornou evidente, sobretudo para os que as conheceram e as sofreram.
Faltou-lhe seguramente reconhecer alguns destes factos na entrevista, como também lhe faltou compungir-se do excesso de antipatia ou acrimónia com que tratou certas pessoas, que porventura o haviam magoado ou discriminado, em anteriores momentos, mas que reuniam capacidades técnicas e outras qualidades de carácter largamente manifestadas e testemunhadas por quantos com elas trabalharam e conviveram.
Na vitória, como aconselhava Churchill, deve-se agir com generosidade e não actuar com rancor, sem que isso signifique pactuar com erros graves, situações anómalas, comportamentos incorrectos ou desleais.
Mas, nada se perde em repeti-lo, ninguém é perfeito e, no minguado universo de bons políticos que a democracia de Abril revelou, Mira Amaral ficará certamente como um dos seus mais destacados elementos.
Poucos encontraremos, em Portugal, tão conhecedores como ele de sectores fundamentais da nossa Economia, a começar pelo sector, hoje muito mediático, nem sempre pelas melhores razões, da Energia, de que há longos anos ele se ocupa, desde que começou a leccionar as cadeiras de Análise de Redes e Produção e Transporte de Energia Eléctrica no IST, matérias que teve oportunidade de apurar e aprofundar, nos anos em que trabalhou, como Engenheiro Electrotécnico, na EDP.
Competiria, por isso, ao País tirar das suas múltiplas valias maiores benefícios do que os que tem esporadicamente tirado desde que MA cessou funções governativas, sobretudo quando nos lembramos do regresso do PSD ao Governo, com Barroso e depois com Santana.
Na vida política de uma Nação, há momentos de ouro que ou se aproveitam e se capitalizam ou irremediavelmente se perdem.
Nos anos de Cavaco Silva, algumas oportunidades de modernização e de reanimação económica, foram, sem dúvida, bem aproveitadas, mas registou-se também, nesse período, uma enorme falta de Estratégia política, em áreas absolutamente vitais para o desenvolvimento equilibrado do País. Desta grave omissão colhemos hoje amargos resultados.
Os anos seguintes, os de António Guterres, foram, sobretudo, de decepção e de desperdício de oportunidades, desde logo no Ensino, a tão proclamada grande paixão do facundo Guterres, ao mesmo tempo que se assistiu a um eufórico momento de franco assalto ao Poder por uma desembaraçada coorte de neófitos do socialismo, na sua grande maioria, arrivistas, falsos socialistas e duvidosos democratas, por regra, de diminuta competência técnica, política ou moral.
Depois, os anos de Durão Barroso foram igualmente anos de pura perda política, de oportunidade de correcção completamente desaproveitada, para os social-democratas e para o País. Por fim, os breves meses do agitado Governo de Santana Lopes apenas confirmaram e prolongaram as incapacidades e as mediocridades que vinham de Barroso, entretanto escapulido, para seu grande alívio e nossa estupefacção, para o «eldorado» de Bruxelas, como Presidente da Comissão Europeia.
No presente, como vamos vendo, confrontamo-nos com um Governo dito de socialistas, recheado de mediocridades, porém muito festejado por uma plateia de beneficiados, que se esforçam por exaltar um líder enredado em grossa trapalhada, na obtenção de uma simples Licenciatura, obra, no entanto, de inusitada proeza, se atendermos à quantidade de cadeiras que o mesmo pôde fazer, em concomitância com as tarefas da Governação.
Ainda sobre a entrevista que a Comunicação Social ostensivamente ignorou e que motivou o artigo que aqui fica escrito, resta dizer que ela amplamente justificaria outros comentários e apreciações, porventura diversos e até discordantes dos aqui expressos. Nada mais natural de admitir.
Resta também, por último, desejar que Mira Amaral continue a interessar-se pela vida política do País e a fazer ouvir a sua voz, porque o País, como se tem visto, é escasso em recursos, naturais como humanos, demasiadamente até, para nossa desventura, não nos permitindo, por isso mesmo, o luxo de prescindir, tão cedo, de protagonistas da sua categoria.
AV_Lisboa, 25 de Março de 2007
Faltou-lhe seguramente reconhecer alguns destes factos na entrevista, como também lhe faltou compungir-se do excesso de antipatia ou acrimónia com que tratou certas pessoas, que porventura o haviam magoado ou discriminado, em anteriores momentos, mas que reuniam capacidades técnicas e outras qualidades de carácter largamente manifestadas e testemunhadas por quantos com elas trabalharam e conviveram.
Na vitória, como aconselhava Churchill, deve-se agir com generosidade e não actuar com rancor, sem que isso signifique pactuar com erros graves, situações anómalas, comportamentos incorrectos ou desleais.
Mas, nada se perde em repeti-lo, ninguém é perfeito e, no minguado universo de bons políticos que a democracia de Abril revelou, Mira Amaral ficará certamente como um dos seus mais destacados elementos.
Poucos encontraremos, em Portugal, tão conhecedores como ele de sectores fundamentais da nossa Economia, a começar pelo sector, hoje muito mediático, nem sempre pelas melhores razões, da Energia, de que há longos anos ele se ocupa, desde que começou a leccionar as cadeiras de Análise de Redes e Produção e Transporte de Energia Eléctrica no IST, matérias que teve oportunidade de apurar e aprofundar, nos anos em que trabalhou, como Engenheiro Electrotécnico, na EDP.
Competiria, por isso, ao País tirar das suas múltiplas valias maiores benefícios do que os que tem esporadicamente tirado desde que MA cessou funções governativas, sobretudo quando nos lembramos do regresso do PSD ao Governo, com Barroso e depois com Santana.
Na vida política de uma Nação, há momentos de ouro que ou se aproveitam e se capitalizam ou irremediavelmente se perdem.
Nos anos de Cavaco Silva, algumas oportunidades de modernização e de reanimação económica, foram, sem dúvida, bem aproveitadas, mas registou-se também, nesse período, uma enorme falta de Estratégia política, em áreas absolutamente vitais para o desenvolvimento equilibrado do País. Desta grave omissão colhemos hoje amargos resultados.
Os anos seguintes, os de António Guterres, foram, sobretudo, de decepção e de desperdício de oportunidades, desde logo no Ensino, a tão proclamada grande paixão do facundo Guterres, ao mesmo tempo que se assistiu a um eufórico momento de franco assalto ao Poder por uma desembaraçada coorte de neófitos do socialismo, na sua grande maioria, arrivistas, falsos socialistas e duvidosos democratas, por regra, de diminuta competência técnica, política ou moral.
Depois, os anos de Durão Barroso foram igualmente anos de pura perda política, de oportunidade de correcção completamente desaproveitada, para os social-democratas e para o País. Por fim, os breves meses do agitado Governo de Santana Lopes apenas confirmaram e prolongaram as incapacidades e as mediocridades que vinham de Barroso, entretanto escapulido, para seu grande alívio e nossa estupefacção, para o «eldorado» de Bruxelas, como Presidente da Comissão Europeia.
No presente, como vamos vendo, confrontamo-nos com um Governo dito de socialistas, recheado de mediocridades, porém muito festejado por uma plateia de beneficiados, que se esforçam por exaltar um líder enredado em grossa trapalhada, na obtenção de uma simples Licenciatura, obra, no entanto, de inusitada proeza, se atendermos à quantidade de cadeiras que o mesmo pôde fazer, em concomitância com as tarefas da Governação.
Ainda sobre a entrevista que a Comunicação Social ostensivamente ignorou e que motivou o artigo que aqui fica escrito, resta dizer que ela amplamente justificaria outros comentários e apreciações, porventura diversos e até discordantes dos aqui expressos. Nada mais natural de admitir.
Resta também, por último, desejar que Mira Amaral continue a interessar-se pela vida política do País e a fazer ouvir a sua voz, porque o País, como se tem visto, é escasso em recursos, naturais como humanos, demasiadamente até, para nossa desventura, não nos permitindo, por isso mesmo, o luxo de prescindir, tão cedo, de protagonistas da sua categoria.
AV_Lisboa, 25 de Março de 2007
Comments:
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Não poderia estar mais de acordo com a notícia, mas tal como vem referido, "(...)porque o País, como se tem visto, é escasso em recursos, naturais como humanos, demasiadamente até, para nossa desventura(...)", atrevo-me a dizer este é o povo que temos. Actualmente a classe política dominante é feita com líderes mediáticos pré-fabricados, isto é, pessoas que além de não terem as habilitações literárias (mas isso seria de ínfima importância, se tivessem, pelo menos experiência de vida e conhecimentos a longo prazo, algo que alguns definem por estratégia e não o lucro imediato, o "pensar português" do curto prazo), como também são "construídos" a uma velocidade superior à da luz, ficam pelo caminho a dever favores a centenas, senão milhares de oportunistas, que tudo lhes pagam, até campanhas políticas e mais tarde aparecem "a cobrar". Depois, até aqueles que poderiam ter boas intenções (como presenciei com o Eng. MA, pois vivi uma realidade que ele quis mudar, mas que incomodou...e claro foi afastado e indevidamente caluniado) se não escolherem as pessoas certas e neste conceito, incluo desde o motorista ao assessor, vão estar "vigiados" e indirectamente acabam também por ser "chantageados" e ou emprateleirados. Claro que os que têm valores e brio (como foi o caso do Eng. MA) e que não precisam de "esmolas" abandonam o barco e vão ficando os ratos...contrariamente ao que se diz que o capitão é o último a abandonar o navio, este navio já vai tão desgovernado...Ainda teria imenso para dizer, pois sinto-me triste de falarem que temos 20 e tal anos de liberdade e eu vejo que todos os que foram maus alunos comigo no liceu, que não conseguiram ir para as universidades, mas se juntaram às "jotas" nunca contribuiram para o país nem com ideias, nem com trabalho, andavam sempre em festas e a colar cartazes (com tudo sempre pago) chegaram na sua maioria a deputados, presidentes de câmaras, associações, administradores de empresas públicas, secretários de estado e até ministros (e claro ao fim de quase 20 anos concluíram todos com exímias notas as tão desejadas licenciaturas). Até porque neste país qualquer ignorante, desde que bem vestido, com um bom carro e chauffer é Dr., Eng. ou Arq. e ninguém sabe de que universidade, nem lhe vê o diploma. Eu estou cansada desta mediocridade política, de pagar impostos para ter que conviver com gente medíocre, inculta e injusta, a quem dão casa no centro de lisboa, subsídios, apoio médico e cada vez que tenho que arranjar alguém para tomar conta da minha filha (porque nem me atrevo a ter outro filho, pois tenho que pagar impostos) querem receber quase tanto como eu, porque se não for o caso ficam em casa a receber o subsídio. No centro médico quando tentei inscrever a minha filha no pediatra disseram-me que era só para os "muito desgraçadinhos" e eu pensei, eu tenho um rendimento real inferior ao da senhora que trabalha lá em casa, mas ela é desgraçadinha, porque tem casa do estado, tem o ensino e a saúde de borla e eu que até pago impostos tenho que utilizar tudo o que é privado e pagar, pagar tudo, para os outros que nada fazem e vivem "à pala"...Eu agradecia que os reputados, honestos e verdadeiros políticos com visão de país, de crescimento, de globalização, de concorrência, conhecedores do equilíbrio necessário entre 2 conceitos simples, que se chamam receitas e custos (pois neste país só já conhecem os custos) e claro que nunca vamos conseguir reduzir défices cumprir PEC, e outras coisas, saíam da sombra e apareçam, como é o caso por ex. do Eng. MA, porque os Portugueses como eu, que são os verdadeiros contribuintes, querem ter uma alternativa de voto, que os defenda. Apostem na educação, na justiça que não é lenta, é arrastada e puxada ou então simplesmente arquivada por exceder prazos, já que na saúde não vislumbro no imediato solução, pois qualquer dia sem nos darmos conta estqamos num Brasil na Europa, todos trancados em casa e fóbicos e aí vão lembrar-se de que existia uma coisa que se chamava liberdade. É que isto está tão mau que já nem no PSD temos alternativa...
Cara Leitora,
Agradeço a sua visita e a mensagem, em forma de desabafo, que aqui me deixou.
Acredite que muito mais gente está neste momento decepcionada com a situação política e apreensiva quanto ao futuro : o seu e o do País.
Só os acomodados, os egoístas ou egocentristas, os indiferentes ou os inconscientes poderão ter outro sentimento.
O partido que mais refere, o PSD do nosso descontentamento, está hoje quase moribundo, anémico ou exangue de tanta sangradura a que foi sujeito, por gente desqualificada, moral e tecnicamente, que dele se apoderou e o parasitou.
Se não lhe acodem, continuará a definhar, correndo o risco de se extinguir.
Poderá recuperar.Mas uma coisa parece óbvia : não podem ser os que o trouxeram ao estado actual os mesmos que irão salvá-lo.
Entretanto, que cada um procure fazer alguma coisa de útil, nos partidos ou fora deles, no sentido da regeneração da Comunidade que ainda somos.
Volte quando quiser.
AV_27-03-2007
Agradeço a sua visita e a mensagem, em forma de desabafo, que aqui me deixou.
Acredite que muito mais gente está neste momento decepcionada com a situação política e apreensiva quanto ao futuro : o seu e o do País.
Só os acomodados, os egoístas ou egocentristas, os indiferentes ou os inconscientes poderão ter outro sentimento.
O partido que mais refere, o PSD do nosso descontentamento, está hoje quase moribundo, anémico ou exangue de tanta sangradura a que foi sujeito, por gente desqualificada, moral e tecnicamente, que dele se apoderou e o parasitou.
Se não lhe acodem, continuará a definhar, correndo o risco de se extinguir.
Poderá recuperar.Mas uma coisa parece óbvia : não podem ser os que o trouxeram ao estado actual os mesmos que irão salvá-lo.
Entretanto, que cada um procure fazer alguma coisa de útil, nos partidos ou fora deles, no sentido da regeneração da Comunidade que ainda somos.
Volte quando quiser.
AV_27-03-2007
Caro António
Sou um frequentador já tradicional da Alma Lusiada,pela qualidade da escrita,a preocupação com o rigor e tambem pelos temas.
Comungo da sua análise à entrevista assim como da generalidade dos considerandos implicitos nessa análise,e,ainda, da admiração por Mira Amaral.
Não poderia estar mais de acordo com a análise que faz sobre a qualidade(caracter?) das pessoas que têm governado o PSD,e,pelo que depreendo, continuam a governar,correndo-se o risco(vá de rectro) de virem a ser primeiros ministros e, como tem sido hábito,serem bem piores do que os do partido no poder.
Aparentemente(é uma concesão) a excepção terá sido CS,mas as suas qualidades politicas estão à vista
A bem do rigor,importa clarificar que, nunca AG disse o que AV refere sobrer o pantano, e foi para não se criar esse pantano, que,numa prova de desapego pelo poder, AG assim decidiu. É discutivel se bem,mas seria sempre criticável, em particular por aqueles que, de seguida, (des)governaram e, esse(s) sim,trairam e fujiram para o tal eldorado.
Também concordo da sua visão do que tem sido o PSD e do estado em que está,mas logo que lhes cheire a poder os salvadores vão surgir,por agora estão calados;sabemos que são pessoas discretas e sérias, concerteza.
Eles que se apresentem, pois não serão demais, o país necessita conhecer as boas alternativas.
Acredito sériamente, que há muita gente decepcionada e apreensiva,mas acredito,a julgar pelas sondagens,que a maioria do povo, que todos somos,está mais optimista e menos apreensiva do que no passado recente (o da tanga).
Eu vou andar por aqui!...
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Sou um frequentador já tradicional da Alma Lusiada,pela qualidade da escrita,a preocupação com o rigor e tambem pelos temas.
Comungo da sua análise à entrevista assim como da generalidade dos considerandos implicitos nessa análise,e,ainda, da admiração por Mira Amaral.
Não poderia estar mais de acordo com a análise que faz sobre a qualidade(caracter?) das pessoas que têm governado o PSD,e,pelo que depreendo, continuam a governar,correndo-se o risco(vá de rectro) de virem a ser primeiros ministros e, como tem sido hábito,serem bem piores do que os do partido no poder.
Aparentemente(é uma concesão) a excepção terá sido CS,mas as suas qualidades politicas estão à vista
A bem do rigor,importa clarificar que, nunca AG disse o que AV refere sobrer o pantano, e foi para não se criar esse pantano, que,numa prova de desapego pelo poder, AG assim decidiu. É discutivel se bem,mas seria sempre criticável, em particular por aqueles que, de seguida, (des)governaram e, esse(s) sim,trairam e fujiram para o tal eldorado.
Também concordo da sua visão do que tem sido o PSD e do estado em que está,mas logo que lhes cheire a poder os salvadores vão surgir,por agora estão calados;sabemos que são pessoas discretas e sérias, concerteza.
Eles que se apresentem, pois não serão demais, o país necessita conhecer as boas alternativas.
Acredito sériamente, que há muita gente decepcionada e apreensiva,mas acredito,a julgar pelas sondagens,que a maioria do povo, que todos somos,está mais optimista e menos apreensiva do que no passado recente (o da tanga).
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